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segunda-feira, 24 de março de 2008

O encantamento do Uirapuru




Indo mais fundo no túnel do tempo, lembro da tarde em que fiquei por uma ou duas horas admirando um carro fascinante estacionado em frente a minha casa. Não lembro se era 1967 ou 68, 69. Lembro que fiquei na sacada de minha casa, com o queixo sobre as costas das mãos e as mãos no parapeito, absolutamente encantado por aquela máquina. Era de um rapaz que morava em frente de minha casa cujo pai tinha uma loja de automóveis. O vi mais uma ou duas vezes e depois nunca mais. Com exatidão posso afirmar que a partir daquele evento começou meu encantamento por automóveis.
Era o Uirapuru...

Uirapuru ou Brasinca 4200 GT

Ficha técnica


Motor: CHEVROLET, 4.2, 6 cilindros em linha, 12 válvulas (2 por cilindro), três carburadores SU, gasolina, dianteiro, longitudinal
Cilindrada: 4.271 cm³ Potência: 155 cv a 4.000 rpm
Potência Específica: 36,9 cv/litro Torque: 32,7 kgfm a 3.200 rpm
CARROCERIA
Comprimento: 4.350 mm Peso: 1.180 kg
Largura: 1.800 mm Porta-Malas: Não disponível
Altura: 1.260 mm Tração: Traseira
Freios: Tambores nas quatro rodas Câmbio: Manual de 3 marchas
DESEMPENHO
Velocidade Máxima: 194 km/h Aceleração: 10,4 segundos




O espanhol Rigoberto Soler Gisbert convenceu a Brasinca, fábrica de carrocerias de ônibus e caminhões, a produzir um esportivo de alto desempenho. O projeto, conhecido como Uirapuru, nome de uma ave da Amazônia, foi apresentado no Salão do Automóvel de 1964. O desenho apresentada uma frente longa, com dois faróis redondos e uma tomada de ar no capô. Entradas de ar nas laterais, traseira curta com vidro envolvente, e portas que avançam para capota completavam seu estilo primoroso. Seu motor é um de 4,2 litros que equipava utilitários da Chevrolet, mas com carburação tripla. Sua carroceria é de aço, mas era moldada a mão e ainda foi testada no túnel de vento. Sua produção começou em 1965, mas a Brasinca produziu apenas 50 unidades em um ano. A STV, Sociedade Técnica de Veículos, empresa da qual Soler era diretor, continuou a produzi-los até 1967. No total, foram 77 unidades, incluindo três conversíveis e o protótipo Gavião, para Polícia Rodoviária, com metralhadores embutidas na grade.


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