A Bandeira Confederada, ou Rebel Flag como é mais conhecida, é a bandeira não-somente política mas também ideológica utilizada no sul dos Estados Unidos. Ela representa a força, a rebeldia contra o status quo e segmenta grande parte da sociedade livre e independente de dogmas e conceitos pré-estabelecidos. Na história, milhares de pessoas sofreram e ainda sofrem por causa da abominável propaganda e difamação racista da qual ofensivamente tratam este símbolo que é antes de tudo, universal, como insígnia de discórdia um fato absolutamente contraditório. Vamos analisar e discutir essa questão pelo lado lógico e histórico. A propaganda racial e hipócrita (ambas irmãs gêmeas) engendrada pela mídia recente continua a promover este cenário de ódio e incompreensão e o sistema educacional, suportado pelo governo yankee também tem, em grande parte sua parcela de culpa. Hollywood e NYC nada mais fazem do que esconder a verdade. Em si, é a estratégia de sempre para jogar negros contra brancos e vice-versa, num país tão fortemente marcado pela discriminação racial e cultural. Como podemos encarar a Rebel Flag como um símbolo racista, se em seu berço, as origens são mestiças, ou melhor... negra...?!
Ela ainda é associada à gigantesca herança cultural e musical dessa região, de onde saíram o rock'n'roll, rockabilly e até a música country, da qual deu origem ao jazz daquela tocado por negros que não tinham condições de aprenderem nas universidades de música, dos quais tocavam em guettos, assim como o blues, rhythm blues, soul, e todas as suas variadas formas. Nenhuma outra área do mundo possui tanta riqueza musical quanto o Sul dos Estados Unidos. Mesmo no pólo do blues que é Chicago (no Norte) era tocado por artistas negros que foram do Sul atravessando o Delta até chegarem ao Norte. Hoje, muitos adotam as Estrelas e as Linhas como o símbolo da música de essência; todos nós poderíamos usar o azul e vermelho da bandeira como representação de uma herança nobre.
Muitos negros votaram no recente referendum para utilizarem o símbolo confederado do Mississipi. A repressão dos negros é parte desta herança, assim como o blues e outras músicas sulistas negras falam de seu sofrimento. Similarmente a música country fala do sofrimento dos brancos pobres em suas deploráveis vilas no velhos tempos. Muitos do Sul foram devastados pelas tropas yankees da União na Guerra Civil, e toda aquela área até tempo recente era extremamente pobre.
Sendo o rock, que foi uma das formas que mais se superou em base de romper as barreiras racistas que estabeleceu a rebeldia da qual a Ku Klux Klan e outras segregacionistas pseudo-sociedades de direita tentaram tão cruelmente banir e destruir. Esta é a representação oficial de Jerry Lee Lewis, Carl Perkins, Elvis Presley, Little Richard, Chuck Berry, Fats Domino e todos os outros artistas sulistas, negros e brancos, dos quais foram os primeiros a nível mundial a esmagarem as barreiras entre negros e brancos nos 50.
A Confederação não sabe o que mais pode fazer, por exemplo, com a Ku Klux Klan que queimam a bandeira oficial e se utilizam ou verdadeiramente se apropriam deste símbolo de luta, que por sua vez a mídia associa então isto com esta sociedade, vulgo secreta, racista e besta que é antes de tudo, paramilitar.
Uma recente pesquisa mostrou que mais de 68% da população norte-americana não se sente ofendida pelo uso da bandeira, muito pelo contrário! Elas acreditam que é o resultado de injustiças, ódio intolerante e violência da falsa atribuição à liberdade.
Vejamos segundo a história: os 13 estados originais que se sucederam em 1776, mantinham escravos como aqui no Brasil na época colonial. Porém a guerra civil que sobreveio, não se deve exclusivamente à questão abolicionista apenas, isso seria restringir a importância da liberdade como um todo a uma resolução de direitos humanos, além do regime ditatorial. Durante a guerra pela independência do Sul, muitos no Norte também tinham escravos, porém estes recusaram-se a liberta-los até que a cruel guerra terminasse. O Congresso dos EUA em 1862 sempre se recusara a passar uma emenda constitucional abolindo a escravidão. Quanta hipocrisia hoje! Pior ainda, Lincoln e o Santo Congresso dos EUA ofereceram passar uma emenda constitucional para o Sul, garantindo permanência na escravidão para sempre nos estados onde mantinham cativos, se somente os estados sulistas retornassem para a União. O Sul recusou a oferta. Os escravos do Norte a exemplo da Proclamação da Emancipação de Lincoln sempre foram enganados, e mesmo assim, os escravos sulistas foram capturados perto do Rio Mississippi onde foram forçados a trabalhar nas plantações e até para o exército dos Estados Unidos, alimentando a produção de algodão das indústrias do Norte. Não seria a bandeira dos Estados Unidos um símbolo de escravidão porque utilizou-se do exército de escravos durante a guerra? Se não, então jamais a bandeira da Confederação seria um símbolo racista e escravista.
A guerra pela independência sulista foi travada sob própria jurisdição dos estados do Sul contra o governo centralista do Norte; o governo centralista venceu e a jurisdição local foi perdida. Antes de tudo, a bandeira é símbolo do direito das pessoas nativas em memória e honra aos ancestrais que deram suas vidas por um governo mais livre, menos impostos, etc.
Logo após, os Estados Confederados da América ofereceram liberdade aos escravos sulistas em retorno pela independência, da qual também lutaram junto com o exército. Lincoln recusou a oferta. O termo "estado livre" significava "livre dos negros". Os nortistas não quiseram conviver com os negros, escravos ou livres, e muitos estados nortistas e territórios atualmente criaram leis proibindo negros livres de entrarem em suas comarcas. E neste sentimento, o grande poderoso Abraham Lincoln e o Congresso Estadunidense criaram leis, e iniciaram uma verdadeira diáspora aos negros do Norte para colocá-los para fora do continente através de embarcações para o Haiti. Lincoln fez severos esquemas para remover os negros livres do país, mandando alguns de volta a África e outros para a América Central e do Sul. No final da guerra, poucas semanas antes de Lincoln ser assassinado, o General da União, Benjamin Butler perguntou-lhe se queria retornar à idéia de trazer os negros de volta, e sua resposta foi: "Eu acho que nós devíamos deportar todos eles." Há uma relação entre brancos e negros que os nortistas de hoje não conseguem compreender ou apreciar.
O Norte queria mais taxas, mais governo, e centralismo, com uma compulsória união pela baioneta e decisões feitas em Washington D.C., muito longe dos nativos. Ao todo, a guerra de Lincoln custou a vida de 600.000 pessoas...
Eu acredito piamente que os sulistas estavam certos em relação a esta tirania brutal e covarde. A Bandeira Confederada representa todos os libertários e não os estados como Ohio, Illinois, Indiana, e muitos outros, que tentaram enganar sua própria lei por uma "terra do livre" e "lar do forte" onde esmagaram juntamente com as tropas de Lincoln milhares de pessoas.
Índios confederados, hispânicos, negros e brancos todos lutaram por uma guerra com muitos na estaca.
Se a Bandeira Confederada ofende você, então você precisa de uma lição de História.
fonte: www.suaturma.com
Fonte do Texto: http://ederzanella.blogspot.com
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